quarta-feira, junho 29, 2005

AMAMENTAÇÃO NATURAL: UMA PREVENÇÃO DOS DISTÚRBIOS DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO

DANIEL RANGEL BRIZOLA
Cirurgião Dentista formado pela UFPel, curso extensivo em Ortopedia Funcional dos Maxilares pela SOBRACOM.
Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares CFO
NEI COSSIO SENANDES
Cirurgião Dentista formado pela UFRGS, curso extensivo em Ortopedia Funcional dos Maxilares pela SOBRACOM.
Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares CFO
RAFAEL FERREIRA
Cirurgião Dentista formado pela ULBRA, curso extensivo em Ortopedia Funcional dos Maxilares pela SOBRACOM.
Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares CFO

Resumo
Esse artigo tem como enfoque, a importância da amamentação natural como prevenção dos distúrbios do sistema estomatognático do bebê. O trabalho relata os diversos aspectos positivos para o desenvolvimento da criança em geral, ao realizar, o aleitamento natural de forma correta, bem como os prejuízos ocasionados pelos hábitos deletérios, como o uso da mamadeira e chupeta e a relação destes com o desmame precoce. Do ponto de vista odontológico, esse artigo apresenta outro importante benefício que é o grande esforço muscular que o bebê realiza ao amamentar no peito. Quando mama, a musculatura é estimulada e preparada para guiar futuramente sua mastigação, prevenindo, atrofias e desvios no padrão de crescimento do sistema estomatognático, evitando a instalação de mordidas cruzadas, mordidas abertas e prognatismo maxilar, além de outros prejuízos para a criança.

Abstract
The aim of this review is to show the importance of the breastfeeding in the prevention of the stomatognathic system disturbances. It shows the positives aspects of the breastfeeding to the general development of the children and the damages caused by incorrect oral habits.

Unitermos
Desenvolvimento Maxilofacial – Aleitamento Materno – Má-oclusão
Keywords
Maxillofacial Development – Breastfeeding – Malocclusion

Introdução
Os cientistas concordam que a amamentação natural é um método superior de alimentação infantil. A mãe, ao amamentar, sente imensa realização pessoal, pois proporciona um adequado desenvolvimento geral de seu filho. Muitas pesquisas são realizadas para demonstrar as vantagens nutricionais, imunológicas e psicológicas para a saúde do bebê em geral. De acordo com (LEGOVIC10, 1991) o leite materno é o alimento infantil ideal, pois é de melhor absorção, causa poucas alergias alimentares, proporciona desenvolvimento psicológico mais favorável, aumento das defesas imunológicas e, além disto traz uma significativa vantagem econômica. Também ocorre outro grande benefício, comumente relegado, que é o intenso exercício muscular realizado pelo bebê ao fazer o trabalho mecânico da ordenha, que será de vital importância como preparação do tônus muscular, orientando posteriormente a sua mastigação. Esse artigo tem como objetivo, dar um enfoque mais abrangente à importância da amamentação, como um meio eficaz de assegurar o estabelecimento correto da fonação, da deglutição, da respiração, além de promover o crescimento harmônico de todo o sistema estomatognático.(CARVALHO5, 1995; MEDEIROS et al11,2001;PALMER15,1998; PLANAS17,1997; REBÊLO18, 1995; SOUSA22, 1997).



Segundo Enlow, quando a criança nasce, a boca apresenta muita atividade. O recém-nascido usa a boca e a face mais do que as mãos para desempenhar suas funções perceptivas. Desde o nascimento, a boca é o local onde diversas funções vitais devem estar em plena atividade, por isso, a musculatura da região orofacial tem seu amadurecimento mais cedo durante a vida pré-natal. Enquanto mama, o bebê está recebendo afeto, nutrição, e os estímulos primordiais e essenciais para que todo o seu organismo seja desenvolvido com plena função. É muito importante que a amamentação seja em livre demanda, isto é, que seja feita quando e enquanto o bebê solicitar, respeitando a sua vontade. Ao nascer, este apresenta duas necessidades básicas. Uma fisiológica, voltada para o alimento que é o leite materno, outra, neural que é o violento impulso de sucção que o bebê possui. Essas duas necessidades só são plenamente saciadas, quando o processo de amamentação for realizado de forma correta e natural.(ENLOW7, 1993; MOLINA e MARTINEZ14, 2001).

Como relatam os especialistas em lactação as chaves para o aleitamento materno bem sucedido são uma “pega” e deglutição corretas do bebê. Na pega efetiva o bebê abocanha tanto o mamilo quanto o tecido areolar e posiciona a língua sobre o rebordo gengival inferior. As bordas dos lábios se exteriorizam sobre o tecido areolar para criar uma boa vedação. Inicialmente, a sucção é necessária para pegar e esticar o mamilo e parte da mama até o limite dos palatos duro e mole do bebê. Se a vedação não for adequada será necessário repetir a sucção. Enquanto a vedação permanecer intacta o bebê obterá facilmente o leite por meio de um movimento peristáltico característico da língua, o qual comprime o mamilo macio e aplanado contra o palato. O bebê deve comprimir o tecido areolar porque é nesta área que se localizam os ductos lactíferos. A compressão desta área ajuda a iniciar o fluxo de leite através de múltiplos poros do mamilo. O movimento peristáltico da língua achatando a língua contra o palato duro desloca o leite em direção á garganta quando então o bebê deglute e se alimenta. Este hábito saudável de deglutir estabelece um padrão para a deglutição normal e correta na vida adulta.( WOOLRIDGE26, 1986; ESCOTT8, 1989; WEBER25,1986; e BOSMA3, 1963).
Contrastando os aspectos mecânicos do aleitamento materno com o uso da mamadeira,( WEBER25, 1986) notou que em bebês amamentados naturalmente a ação da língua parecia ser um movimento de rolar ou peristáltico. Contudo, a ação da língua em bebês que usavam mamadeira era mais parecida a de pistão ou movimento de apertar.


PICARD16, (1959) relatou que no intuito de interromper o fluxo abundante de leite de uma mamadeira (com um furo largo no bico) a criança era forçada a manter a língua contra o orifício para evitar que o leite continuasse saindo. Esta atividade motora anormal da língua é referida como interposição lingual ou deglutição atípica. A figura 1 mostra a língua interposta e a resultante mordida aberta em uma criança. Podemos notar que os adultos não superaram durante o crescimento, a interposição lingual.

figura 1.

WEBER25, (1986), também observou que, quando bebês amamentados naturalmente, não estão sugando ou deglutindo, eles descansam com o mamilo moderadamente apertado pela língua, enquanto os que usam mamadeira descansam com o bico de látex expandido (pressionando a língua).


Quando a mamadeira é utilizada, a criança trabalha menos e enfraquece os músculos da face atingindo a plenitude alimentar sem, contudo atingir a plenitude emocional da sucção (COUTO6, 1998; REBÊLO18, 1995).


Por isso, a necessidade da criança em chupar dedo, chupeta e paninho para satisfazer essa deficiência. Todavia, somente a amamentação natural, realizada de forma correta, estimulará o sistema estomatognático, e seu desenvolvimento se dará de forma mais completa possível (CARVALHO5, 1995; PLANAS17, 1997; REBÊLO18, 1995; SERVA20, 1990; SOUSA22, 1997).


Foi verificada a existência da relação entre o tempo de aleitamento materno e a etiologia de alguns hábitos bucais perniciosos. A amostra consistiu de 427 crianças entre três e seis anos. Os resultados mostraram que existe uma relação significante de dependência entre o tempo de aleitamento materno e os hábitos de sucção, concluindo que, quanto mais prolongado o aleitamento no seio materno, menor a ocorrência de hábitos bucais nocivos (FERREIRA, TOLEDO 9, 1997; WOOLRIDGE27, 1996).


Esses, quando persistem além da fase oral da criança (três anos), estão relacionados ao surgimento de maloclusões dentárias, destacando-se a mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior e prognatismo maxilar (MOFFATI12, 1963; SERRANEGRA PORDEUS19, 1997).
Do ponto de vista da maturação fisiológica e da necessidade nutricional, em geral, não é preciso dar outros alimentos, além do leite materno, ao bebê antes dos quatro meses de vida. Por outro lado, em torno dos seis meses de idade, muitos bebês necessitam de suplementação e estão fisiologicamente prontos para ela (CORRÊA4,1998).


Tradicionalmente o período entre quatro e seis meses, tem sido visto adequado para que os bebês comecem a se adaptar a diferentes alimentos, texturas alimentares e modo de alimentação. Por muitos anos acreditou-se que quando um bebê não podia mamar no peito, a mamadeira era a única opção. No entanto, graças a pesquisas e experiências clínicas, hoje sabemos que a mamadeira não deve ser utilizada como método para administrar líquidos aos lactentes.


A OMS e o UNICEF não recomendam o uso de mamadeira em nenhuma condição, nem mesmo quando é imprescindível dar ao bebê um alimento substituto do leite materno, como por exemplo, quando uma mãe HIV positiva decide não amamentar.
Sempre que se utilizem substitutos do leite materno existe o risco de prepará-los em proporções erradas, ou diluí-los em água contaminada, além dos riscos inerentes à privação dos vários fatores de proteção contidos no leite materno. A própria técnica de uso da mamadeira pode contribuir para aumentar esses riscos.


Desde 1980, quando SUJORNO23, e cols(1980) afirmaram que “nas sociedades pobres, o principal culpado não é o leite em si, mas o processo de alimentar com a mamadeira”, vem se acumulando evidências que reforçam essa declaração. O uso da mamadeira pode ter conseqüências adversas para a saúde e o desenvolvimento infantis mesmo naqueles locais em que o acesso à água limpa, serviços de saúde e boas condições sanitárias no domicílio possam tornar o uso de substitutos do leite materno relativamente seguro. Como já salientamos anteriormente, a alimentação precoce com mamadeira e uso de chupetas estão relacionadas a menor duração do aleitamento materno. Algumas crianças conseguem manter peito e mamadeira até dois anos, mas isto não ocorre na maioria dos casos. Os conhecimentos atuais sobre o mecanismo da sucção e a maneira como o bebê mantém o peito dentro da boca mostram porque muitas crianças amamentadas parecem recusar o peito ou mamar menos, quando antes foram alimentados com mamadeira.


Se a alimentação com mamadeira não foi muito prolongada, pode-se restabelecer a amamentação mediante sua interrupção e a ajuda de pessoas capacitadas (MEDEIROS e RODRIGUES11, 2001).
As famílias e as mães também sofrem conseqüências adversas, quando recorrem à mamadeira para complementar a alimentação dos bebês; ficam ansiosas sobre a quantidade e a qualidade do leite materno e demonstram uma perda de autoconfiança. Os pais adquirem uma relação de dependência da mamadeira e podem sentir muito medo de abandonar seu uso (ARMSTRONG 1, 1998).
Outro perigo constatado, quanto ao uso da mamadeira, é o possível estabelecimento de infecções das vias respiratórias. Estudos realizados nos Estados Unidos e Canadá demonstraram que há uma forte correlação entre o uso de mamadeira e otite média (infecção de ouvido), a qual se não for tratada adequadamente pode levar á surdez. Nos Estados Unidos, as 30 milhões de consultas médicas anuais devidas a esta afecção custam cerca de um bilhão de dólares (WALKER24,1993). Mais de 75% dos casos podem ser decorrentes de alimentar em posição supina, o que facilita a entrada do leite nas trompas de Eustáquio, especialmente quando se deixam as crianças tomando mamadeiras sozinhas (BEAUGREGARD2, 1979).
Os dados da DHS- Demographic and Health Survey (Estudo sobre Demografia e Saúde) indicam que em muitos países se administram suplementos líquidos às crianças sem que isso implique no uso da mamadeira. Aproximadamente aos seis meses de idade, a suplementação alimentar começa ser necessária. Nesse momento é de grande vantagem para a saúde do bebê que seus pais comecem, gradativamente, a utilizar a xícara para administrar os líquidos ao bebê, ao invés da mamadeira.


De acordo com as instruções relatadas na sessão 26 de Aconselhamento em aleitamento materno, um curso de treinamento, da OMS/UNICEF, Genebra1993, podem-se utilizar xícaras de diâmetro menor para reduzir o risco de derramar o leite, mas as xícaras de chá comuns também são válidas. Trata-se de um utensílio de fácil acesso, de baixo custo e encontrada praticamente, em todas as casas. Sua limpeza é feita facilmente com água e sabão, não é necessário ter escovas especiais, nem fervê-las, nem receber capacitação técnica.


Não há nenhuma evidência de que a alimentação com xícara cause infecções do ouvido médio. A posição mais em pé do bebê evita tal problema. Muitos agentes de saúde têm manifestado sua preocupação quanto á possibilidade de que o bebê engasgue ao ser alimentado com xícara, o que pode ocorrer se a técnica estiver incorreta, (verter o leite na boca do bebê ao invés de deixar que ele o tome através de lambidas ou sucção).


A experiência dos Hospitais Amigos da Criança mostra que engasgo não é um problema. Além do mais, como não é possível alimentar a criança com a xícara escorada, pode-se garantir que ela tenha contato social durante a alimentação e que receba atenção se surgir algum problema. A equipe de campo do UNICEF indica que a alimentação com xícara está sendo praticada de forma ampla em poucos países e está em ascensão em clínicas e comunidades.
SHEPARD21,(1991) notou que os maiores incrementos no crescimento crânio-facial ocorriam dentro dos primeiros quatro anos de vida e que o desenvolvimento crânio-facial está 90% completo aos 12 anos de idade. De acordo com os princípios da R.N.O. (Reabilitação Neuroclusal), evidenciada por PLANAS, durante a amamentação, graças ao mecanismo de ordenha que o bebê realiza enquanto mama, a mandíbula se movimenta com uma dinâmica muscular sem igual. Ao realizar o trabalho mecânico da ordenha, ocorrerão muitos benefícios para o desenvolvimento do sistema estomatognático do bebê.


MARTINEZ E MOLINA13, 2001, embasados na R.N.O., relatam que:
- O bebê respira pelo nariz, pois ele não solta o mamilo em momento algum, o que, ademais serve para reforçar e manter o circuito da respiração nasal fisiologicamente durante a amamentação e fora dela.
- Está obrigado a abrir bem a boca, a morder, a avançar e a retrair a mandíbula por todo o sistema muscular, até que vá adquirindo o desenvolvimento e o tônus muscular necessários para serem utilizados na chegada da primeira dentição (dentes de leite), a fim de poder realizar a mastigação e preparar as arcadas para a dentição permanente.
-Os movimentos de avanço e retrocesso da mandíbula proporcionam uma rápida recuperação do queixinho do recém nascido (retrognatismo), durante o primeiro ano de vida.
- Com o sistema mastigatório possuindo condições ideais para funcionar, ele oferece ao bebê outro estímulo paratípico muito importante, que responde pelo desenvolvimento e perfeito crescimento das bases ósseas da face (maxila e mandíbula).
- As bases ósseas bem desenvolvidas oferecem espaço suficiente para receber e alojar todos os dentes, alinhados e engrenados. Resultando para a criança equilíbrio das forças mastigatórias com simetria das formas faciais.
- O uso adequado do sistema mastigatório provoca cansaço e sono no bebê. Controla o tempo preciso de amamentação, respeitando a sua individualidade, causando uma digestão perfeita. Proporciona à língua postura e tônus ideais, facilitando a fala e a deglutição.
Completando esses fatos, o correto posicionamento que a amamentação oferece à mandíbula propicia condições favoráveis também para a coluna cervical. Segundo Martinez, de acordo com a postura mandibular, o crânio pode adquirir uma rotação para frente (anterior) ou para trás (posterior). Isso leva a criança a fazer manobras compensatórias com a coluna, de modo a conseguir manter-se em equilíbrio.
O primeiro ano de vida é fundamental para a qualidade da mastigação, da respiração e da postura corporal para o resto da vida. Quando o sistema mastigatório é bem trabalhado, as chances para o sistema locomotor ser bem desenvolvido são muito grandes, evita-se escolioses, cifoses entre outras lesões da coluna.
É de fundamental importância que saibamos diferenciar os estímulos que são benéficos e os que são prejudiciais ao desenvolvimento Crânio-Facial do bebê. MOLINA MARTINEZ14,(2001)


E também destacam como estímulos adequados: parto natural (normal)*; contato pele-a-pele mãe-bebê ainda na sala de parto; amamentação imediata após o seu nascimento (na primeira hora de vida); amamentação em livre demanda, ou seja, oferecer o peito ao bebê sempre que solicitado, respeitando as suas necessidades individuais; alojamento conjunto (mãe e bebê devem permanecer sempre juntos, no mesmo quarto, para poderem compartilhar da livre demanda); amamentação exclusiva no peito até os seis meses; amamentação junto com alimentos saudáveis após o período acima citado (até o bebê completar dois anos ou mais, como preconiza a OMS e o Ministério da Saúde); a alimentação deve ensinar o bebê a mastigar (dar preferência a alimentos secos, duros e fibrosos, como legumes, verduras, vegetais, frutas e carnes); os alimentos, no início do desmame podem ser passados na peneira (com o desenvolvimento do bebê eles devem passar a ser amassados com o garfo, nas duas fases deverão ser oferecidos ao bebê com colher); incentivá-lo a comer alimentos com as próprias mãos, como cenoura crua, frutas, carnes (todos são excelentes estímulos, tanto para sua biopercepção quanto para o sistema mastigatório); os líquidos devem sempre ser oferecidos em copinhos ou xícaras; e os estímulos mais importantes são, dedicação, paciência, compreensão, senso de humor, calma, carinho e amor.

Conclusão
A fim de que, os inúmeros fatores positivos expostos para o desenvolvimento correto do sistema estomatognático, sejam conseguidos de maneira mais completa possível, urge a necessidade da difusão de todas essas informações, alcançando de forma mais abrangente, todas as camadas da população. É importante que todos os motivos para não amamentar, como a volta ao trabalho, a solidão para enfrentar dores e dificuldades, os temores, as crendices, as inseguranças, a preocupação estética, o desejo de voltar a tomar a pílula, o medo que o leite seja fraco e o filho passe fome e muitos outros, sejam para toda a população esclarecidos; e que, prioritariamente, o desenvolvimento de forma mais completa e adequada das crianças seja beneficiado(CARVALHO5, 1995). Sendo assim, faz-se necessário que o obstetra, o pediatra, o fonoaudiólogo, o ortopedista funcional dos maxilares, o ortodontista, o odontopediatra, o enfermeiro e todos os demais trabalhadores da saúde, bem como, os meios de comunicação, realizem uma integração e divulguem as informações para um melhor desenvolvimento das nossas crianças, contribuindo muito para a sociedade como um todo.


* Segundo Klajner, 2002, as vantagens do parto normal podem ser resumidas pela enorme vitalidade com que o bebê se desprende do corpo e do útero materno que o impulsiona.
A profunda oxigenação que ele recebe ao nascer leva sua cor ao rosado saudável, o aparelho cardiovascular, o sistema nervoso e todo seu funcionamento a um pleno rendimento beneficiando toda economia do bebê.
A compressão de todo corpo, ao passar pelo canal do parto, faz com que, ao se desprender, o tórax sofra descompressão compensatória com incursão ampla do ar, afastando assim os riscos de aspiração de líquido amniótico e asfixia; os índices usados para medir a vitalidade e viabilidade do bebê atingem rapidamente níveis elevados, não ocorrendo problemas que em outros tipos de parto são freqüentíssimos.
O parto natural é o mais indicado e só deve ser descartado quando houver razões médicas aceitáveis para ser substituído.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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3 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria se possível de citar na bibliografia de um trabalho meu a sua pesquisa. É possível????? Se sim, queria saber o ano da tua pesquisa? Obrigada desde já!
Carol

Anônimo disse...

gostaria de saber em qual revista foi publicado esse artigo

Anônimo disse...

Olá achei seu artigo muito interessante queria saber o ano se possivel para eu fazer minha monografia em odontopediatria, aguardo respostas!!

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